segunda-feira, 16 de junho de 2008

O FRIO

No termômetro do meu computador está marcando 8 graus. Está muito frio. Estou no quarto de brincar das crianças, vendo desenho animado no Discovery Kids, com o aquecedor ligado. Toda a vez que tenho que sair do quarto o frio me pega e gela o nariz.
Quando saio pela manhã para o trabalho, o termômetro do carro tem marcado 4 ou 5 graus. Muitíssimo frio.
Nunca tive termômetros para verificar a temperatura. Parece que agora que tenho o frio gela mais. Bobagem, mas parece que o registro da coisa faz com que ela pareça pior. o termômetro continua nos 8 graus. Temperatura da rua, porque no quarto está bem quentinho.
Sempre penso nas pessoas que não tem um lugar quentinho para dormir, porque o frio dói muito.

domingo, 8 de junho de 2008

O QUE IMPORTA É O QUE NINGUÉM VÊ!

Hoje estou pensando na frase que dá título ao meu post. Nas verdades e nas inverdades que estão contidas nela. Quando digo que o que importa é o que ninguém vê, também digo que o que importa mesmo é o que se sente, o que se percebe daquilo que não se mostra, daquilo que fica nas entrelinhas. Por outro lado, aquilo que ninguém vê, fica escondido apenas para os olhares mais atentos, que são mínimos. Então, a médio prazo não serve para nada, porque ninguém vê e quem nem mesmo vê, não é capaz de sentir ou perceber...
Esse assunto brotou na minha mente como uma idéia (outra, das tantas que me invadem) a respeito do Projeto Escola Aberta. Para quem ainda não sabe, sou gestora de uma escola pública que implantou este programa do governo federal. O programa prevê abrir as escolas aos finais de semana com atividades para a comunidade.
Estamos no projeto desde fevereiro de 2006. Nestes dois anos, muita coisa aconteceu, muitas pessoas chegaram e se foram, muitas atividades deram certo outras errado. Nosso problema está agora e consolidar o programa, em fazer as pessoas verem o que não se mostra.
Tenho pensado muito nisso, muito mesmo, porque é um momento chave no processo. Nosso projeto precisa dar um passo além, ou cair na mesmisse de ser apenas um lugar que oferece o que fazer para quem não tem o que fazer, diga-se, passeios com família, atenção, compromisso, etc...
Qual será o nosso passo? Precisamos primeiro ver e sentir, nós mesmos, integrantes do projeto, aquilo que estamos contruindo por detrás do acesso a internet, da bola no pátio, do bolo que enche a barriga, dos dedos cheios de tinta... Estamos construindo sim com olhares, com sorrisos, com gestos, com palavras e ações.
Parece que nem estamos vendo o que estamos fazendo, porque estamos fazendo apenas e precisamos nos afastar para sentir. Aparentemente estou filosofando para o boi dormir, mas não é isso não!
Precisamos colocar em primeiro plano aquilo que ninguém vê. Porque o que sentimos é o que importa!!!
Vejo que o meu papael, como gestora, é transpor esta barreira entre o visível e o invisível. Será que sou capaz?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

INSPIRAÇÃO!

Às vezes, uma idéia toma conta de mim. Me consome, me embrulha o cérebro, faz prender a respiração. Uma idéia, qualquer idéia. Quando tenho uma idéia nem durmo, nem sonho, apenas vou polindo, pensamento após pensamento.
Quando uma idéia me suspira um pedacinho de si, já não sou eu mesma, me transformo em sensação. Sinto aquela idéia como alguém sente um perfume ou um cheiro. Vejo aquela idéia como se vê uma nuvem que se forma e transforma com o vento. Ouço aquela idéia como ouço ainda o assovio do meu pai numa noite sem luz ou a chuva no telhado de zinco.
Uma idéia sempre me acrescenta mais tempo de vida, porque a idéia pulsa...
Um dia, tive uma idéia que explodiu!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

CORAGEM

Gosto muito desta palavra. Há muito tempo li um livro que se chamava "A coragem de Criar". Acho que pra viver há de se ter coragem mesmo. Mas, profundamente, talvez não saiba o que significa esta palavra e o que ela pode significar. Uso a palavra como um amuleto, como se ela mesma pudesse me transfigurar naquilo que representa.
Você também acha que a gente precisa de coragem para viver?
Platão disse a coragem é o conhecimento do que deve ser temido, do que deve ser enfrentado. A coragem seria o oposto do medo? Não sei. A coragem seria um tipo de enfrentamento do medo? Na coragem não existe medo?
Cada passo que damos deve estar mesmo cheio de coragem. Quem não tem coragem, não anda. Ou será que ficar parado é a coisa mais corajosa que se pode fazer? Coragem é um estado do ser, um estado de espírito.
Sei que coragem dá trabalho. Cansa. Talvez, por isso, muita gente não se diga corajosa. Se somos medrosos, se ficamos todo o tempo dizendo que não sabemos fazer uma coisa, antes de tudo nos desculpamos de um possível erro. Sabe, aquelas pessoas que pegam o microfone e ficam dizendo que não tem afinidade com ele. Chatisse! Que falam e a primeira coisa que dizem é que não sabem bem o que vão dizer. Acho que é preciso coragem para se diminuir em público, não é?
Existe medo, existe ansiedade, existe nervosismo. Coragem acontece naquele momento em que você fecha os olhos e vai... A coragem serve para você ir, depois que você já está lá, não precisa mais de coragem, mas sim de competência, de conhecimento.
Às vezes, estamos num lugar não pela coragem de ficar, mas pela falta de coragem de ir. Desistir também pode ser um ato de coragem.
Enfim, a coragem está em você fazer o que diz o coração. Agora, como entender seu próprio coração já é outra história, para outro dia.