quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mãe

Estou há um tempão com essa postagem ruminando na minha cabeça. Agora que sou mãe de três meninos e por outras coisas que estão acontecendo por aí, fico pensando como é que a gente pode fazer para educar bem os filhos.
Não vejo receita fácil, tipo bolo de liquidificador. E não que tudo seja difícil, mas como é cansativo, como é cheio de detalhes, perturbador. A gente nunca sabe se está acertando ou errando. Ai, que medo!!!
Minha experiência com educação de filhos já tem 10 anos. Achei que com este tempo todo, já podia deixar rolar que tudo se ajeitaria. Ledo engano. Com certeza, nunca dá para deixar rolar. É preciso ter sempre a rédea na mão.
Meus filho tem 9 e 4 anos e o bebê já fez 6 meses. Cada um é um universo diferente e profundo. Cada um tem uma sede de mim que eu nunca consigo aplacar. Descobri que mãe nunca basta. Quer dizer, por enquanto, porque meu filho mais velho disse sorrindo: "Ah, mãe, eu já estou entrando na puberdade. Já posso tomar minhas decisões." Fiquei pasma! E olha que o assunto em questão era o uso ou não do cinto na calça. Nem quero pensar neste espaço em que mãe não entra.
Veja só que dilema: de um lado questiono a dificuldade em educar e do outro o horror em pensar que não precisam mais de minha educação.
Nunca pensei que fosse assim. Até quase trinta anos, nunca pensei em ter filhos família ou coisa parecida. Queria o mundo! Queria liberdade! Ter filhos estava tão distante. De repente, este filho surge na minha vida e eu, parecia que sempre esperara por ele. Parecia que minha vida não tinha sentido antes, era um desperdício. Agora, sou mãe e pronto.
Não quero que este post fique com cara de lamentação, porque não é. Sou muito feliz sendo mãe. Mesmo que isso carregue tanta responsabilidade. "Ser mãe é padecer no paraíso." Vocês lembram? Que controverso, quantas interpretações.
Antes de ser mãe, eu achava que ninguém precisava padecer, bobagem, dá pra ser mãe sem padecer.... kkkkkkkkkkk Não dá! Mesmo que este padecimento não seja um sofrimento físico ou emocional (não precisa ser mesmo) existe. Existe porque o filho é como uma parte de nós solta, desprendida, flutuante. Não dá para ter controle. Só dá para encaminhar, delicadamente, com carinho, com sopros, com suspiros... Depois, temos que deixar ir. Só que como um pedaço de mim vai, eu vou junto. Que padecimento não ter controle...
Então, sou mãe. Me pergunto sempre: que tipo de mãe eu sou? Espero que a resposta esteja com meus filhos.
E ser pai? Como é?