quinta-feira, 31 de julho de 2008

O FUNDO - DIA 2

Transitei hoje pelo fundo do poço. Ninguém sabe que eu estou lá. Interessante!
Estava num seminário hoje. Cheio de gente ao redor. Quantas daquelas pessoas, que andavam, falavam, prestavam atenção, estavam no fundo do poço como eu e ninguém viu?
Será que é possível estar no fundo do poço e não saber?

Teoricamente sim. O fundo se caracteriza por uma falta de voltade de tudo e uma voracidade de coisas inúteis, como horas num joguinho de computador. Muitos desejos e ação zero igual a frustrações imensas. mas a vida de todo mundo é meio assim, né. ou eu sempre achei que fosse. então agente nem nota que está lá.

Eu posso dizer que tenho tudo o que uma pessoa precisa para ser feliz e um pouco mais. Mas não me usufruo disso, não regojizo com isso, nada. Tudo apenas está.

Então vejo que estou no fundo. Há muito tempo, talvez. Mesmo que meu lugar esteja revestido de realizações. Estou vazia!

Nada me transborda! Nada me suspira!

Para você que lê, vale pensar qual é o seu fundo? Aonde você está em relação a ele.

Até ontem eu não sabia nada disso, apenas sentia um desconforto. Estava desconfortável dentro de mim mesma. Agora eu entendo que eu não estou cabendo em mim. Estou descompassada. Estou outra. Não me conheço mais.

Quando as pessoas que eu conheço se sentem assim é hora de "tomar umas boletas", uma faxinha preta disfarçada de "ajuda". Eu ainda me nego a permitir que me amarrem dentro de mim. Se eu não estou em mim, não quero estar a força.

Claro que minha declaração não será muito aceita e muitos poderão levantar o canto dos lábios num meio sorriso de complacência com a minha falta de realidade. Tudo bem! Não estou real mesmo. Estou fora de mim.

E fora de mim quero continuar enquanto não estiver remendada. Eu digo assim porque presumo que toda quebra sempre resulta num remendo e nunca mais fica inteiro de novo. Ou será possível fundir-se outra vez? Veremos!

De toda a baboseira de hoje fica...

Não devo ser a única que está no fundo do poço, mas talvez seja uma das poucas que acredita que possa sair dele escrevendo. Sei onde estou e quero sair, ou seja, quero me encontrar ou me reinventar, ou me reconstruir...qualquer que seja a opção possível.


O QUE EU FIZ HOJE PARA SAIR DO FUNDO DO POÇO?
1. Consegui comer as balas que me deram bem devagar.
2. Brinquei um montão com os meus meninos (mesmo que ainda não seja suficiente para eles)
3. Não trabalhei em casa.
4. Escrevi neste blog!
5.Pretendo, antes de dormir, fazer uma respiração profunda, relaxar o corpo e esvaziar (mais) a mente.

O QUE EU PRETENDO FAZER AMANHÃ?
O mesmo de hoje, mais não roer as unhas.








DYLAN

O FUNDO

Onde fica mesmo o fundo do poço?
Se é assim o fundo do poço, até que não é tão feio assim.
A gente fica sozinho, a gente se sente sozinho. Aí fica mais fácil olhar pra dentro de si mesmo.
Nào sei como é que a gente chega lá, mas sei que como é estar lá. Porque o poço é meu e eu boto o fundo aonde é que eu quiser. Então botei o fundo aí memso. Aqui é o meu fundo de poço, porque não quero ir mais para baixo. Cheguei lá, no fundo. Ponto!
Agora é engraçado falar, mas, algumas horas atrás eu não achei assim tão engraçado.
Não pensem que eu já saí. Não saí ainda não, até porque é preciso ficar um pouco mais para ver como é.
O fundo do poço é vazio, precisa ser vazio. Se não for, você ainda não chegou lá. E não venha dizer que o poço é seu e você faz ele do jeito que quiser, porque essa fala é minha. e também não disse que eu fazia ele do jeito que eu quisesse, disse que colocava ele onde eu quisesse. O que é diferente.
O fundo do poço é vazio. Parece um lugar que você queria muito chegar, mas quando chega vê que não precisava ter ido, ou que ninguém queria você lá. É um lugar onde você se pergunta: Por que eu estou aqui?
Essa hora faz toda a diferença para quem está no fundo do poço? Por que eu estou aqui?

Não tem resposta. É o vazio!
Nada faz mais diferença. Nem quem nem porque...
Você está aí sozinho.
Você tá aí porque quis, ninguém te pediu.

Não! Ninguém põe você no fundo do poço. Este é um lugar que só se vai sozinho. Sào as escolhas que você fez que põe você aí. Cada dia!

Até que meu fundo é espaçoso... mas não vou querer ficar aqui mais do que o necessário. Preciso de uma corda, uma escada, um guindaste...

Cada pessoa tem a sua corda. A minha são as palavras. Comecei este blog com uma decisão! Que decisão era? EScrever....
Como não cumpri minha decisão! Cá estou eu. No fundo!

Mas não é pra dar pena, não. Nem compaixão. As palavras são meu refúgio, serào também meu fundo, meu alento e minha escada.

Este blog é mesmo de auto-ajuda!!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

FÉRIAS

Desde sexta-feira, estou de férias! Mesmo que diretora de escola não tenha férias de verdade, estou livre de hor[arios e tudo mais.
Saí da escola na sexta e fui com a família ao cinema. Assistimos "Viagem ao centro da terra". Bonitinho! É muito bom ir ao cinema. E é melhor ainda estar com a família.
Agora, de férias, preciso retomar a decisão da dieta. Começar logo! Minha leitura de férias etá sendo "Abusado - O dono do morro Dona Marta", do Caco Barcelos. Terrível. Uma leitura dolorosa da sociedade, da míséria, da falcatrua que é a polícia e o Estado. Pura falcatrua! Uma leitura ótima para quem precisa compreender um pouco mais do mundo.