Tenho dois filhos. Lindos, inteligentes, ativos (muito), carinhosos, e tudo mais que uma mãe poderia querer. Dão muito mais prazer do que trabalho. Mas tem um momento em especial que não posso deixar de sentir uma “raiva” imensa. Quando quero sinto sono, lá pelas 5 da manhã, quando eles chamam e eu sei que não vou mais poder dormir, nem um minutinho porque tenh0 que trabalhar. Ser mãe combina com raiva?
Muito tempo fiquei pensando nisso! Não sinto raiva deles, entendo que eles não fazem de propósito, que é assim mesmo, e tudo mais... Isso conscientemente. Mas lá no fundinho de mim, uma raiva, misturada com tristeza se levanta e eu não posso deixar de sentir. Eu tento racionalizar, mas ela não se racionaliza, é animal mesmo.
Às vezes, é tão forte que parece ódio. Quando sinto isso, lembro sempre do meu pai que dizia: Não fala ódio, é raiva, porque ódio é uma coisa muito forte. Ódio não passa.” Para mim parecia apenas uma questão de definição, uma palavra não mudaria o que eu sentia. Depois fui aprendendo o sentido da palavras e percebi que definições não explicam o que a gente sente.
Sentimento nenhum pode ser definido. Como explicar o amor que eu sinto pelos meus filhos? Como explicar a raiva/ódio que se instaura em mim por uma coisa tão simples como a falta de sono? Por isso escrevo, para chegar perto das definições e por isso que as pessoas sempre vão escrever. Sabemos que não dá pra definir os sentimentos, mas não paramos de tentar, porque parar seria cair no lugar comum, seria como não dar valor ao sentimento.
A gente fala das coisas porque precisa mostrar valor. Se eu amo e não digo que amo a outra pessoa pode achar que eu não amo mais, porque ela não pode sentir o que eu sinto. Ninguém pode sentir o que vai no coração do outro. Então o outro precisa explicar o inexplicável.
2 comentários:
Oi Joice!
Este é na verdde meu segundo comentário... o outro acho que não chegou!
Fiquei muito feliz que tenha voltado a querer escrever! E tenha tirado um tempo para si!
Escreva, escreva muito!
beijos
Lanussi
AS VEZES ACHAMOS Q SOMOS AS UNICAS A RECLAMAR MAS SE OLHARMOS A NOSSA VOLTA VEREMOS Q HOJE EM DIA ESTA MUITO SOBRECARREGADO PARA NOS MULHERES .AS VZS OU QUASE SEMPRE NÃO CONSEGUIMOS CUIDAR DE NOS MESMAS.
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