Hoje estou pensando na frase que dá título ao meu post. Nas verdades e nas inverdades que estão contidas nela. Quando digo que o que importa é o que ninguém vê, também digo que o que importa mesmo é o que se sente, o que se percebe daquilo que não se mostra, daquilo que fica nas entrelinhas. Por outro lado, aquilo que ninguém vê, fica escondido apenas para os olhares mais atentos, que são mínimos. Então, a médio prazo não serve para nada, porque ninguém vê e quem nem mesmo vê, não é capaz de sentir ou perceber...
Esse assunto brotou na minha mente como uma idéia (outra, das tantas que me invadem) a respeito do Projeto Escola Aberta. Para quem ainda não sabe, sou gestora de uma escola pública que implantou este programa do governo federal. O programa prevê abrir as escolas aos finais de semana com atividades para a comunidade.
Estamos no projeto desde fevereiro de 2006. Nestes dois anos, muita coisa aconteceu, muitas pessoas chegaram e se foram, muitas atividades deram certo outras errado. Nosso problema está agora e consolidar o programa, em fazer as pessoas verem o que não se mostra.
Tenho pensado muito nisso, muito mesmo, porque é um momento chave no processo. Nosso projeto precisa dar um passo além, ou cair na mesmisse de ser apenas um lugar que oferece o que fazer para quem não tem o que fazer, diga-se, passeios com família, atenção, compromisso, etc...
Qual será o nosso passo? Precisamos primeiro ver e sentir, nós mesmos, integrantes do projeto, aquilo que estamos contruindo por detrás do acesso a internet, da bola no pátio, do bolo que enche a barriga, dos dedos cheios de tinta... Estamos construindo sim com olhares, com sorrisos, com gestos, com palavras e ações.
Parece que nem estamos vendo o que estamos fazendo, porque estamos fazendo apenas e precisamos nos afastar para sentir. Aparentemente estou filosofando para o boi dormir, mas não é isso não!
Precisamos colocar em primeiro plano aquilo que ninguém vê. Porque o que sentimos é o que importa!!!
Vejo que o meu papael, como gestora, é transpor esta barreira entre o visível e o invisível. Será que sou capaz?
Um comentário:
Tenho certeza de que fazes um ótimo trabalho!
Parabéns!
Tatiane
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