domingo, 11 de abril de 2010

Tragédias

Vivemos num mundo assolado pelas tragédias. Não sei de estatísticas, mas parece que ultimamente, acontece uma tragédia atrás da outra e cada vez mais perto de nós. A última que lembro foi a chuva no Rio de Janeiro.
Todas as tragédia, como o nome diz, são trágicas. Hoje é domingo e passei meus olhos no Domingão. Chega a ser mais trágico ainda a forma como a TV lida com a tragédia alheia. Quando vi uma diretora de novela falando que foi muito difícil gravar a novela dela naqueles dias e "quase" a novela atrasa... ..... .... fiquei assim .... sem fala ... como estas reticências...
Não sei mesmo o que é uma tragédia. Aquele monte de mortos ou a novela ter quase atrasado. Fizeram uma operação de guerra para levar os protagonistas ao Projac, com carros fortes... Uau!!!
Não dá para saber mesmo qual é a dimensão de uma tragédia se ela não aconteceu com você. Por isso, nem dá para ajudar, nem dá para saber o que fazer... Acho que só os bombeiros entendem da tragédia alheia, médicos e outros profissionais da saúde, quem sabe. O homem comum só conhece a própria tragédia, que, diga-se de passagem, é sempre maior que a do outro.
Eu repito!!! Mesmo tendo dito isso apenas para mim mesma. Minha vida é um mar de rosas que eu pinto das cores que me convierem, negra até, mas rosas.
Jornalistas, então, não tem a menor possibilidade de entender a tragédia alheia, porque eles precisam fazer aquelas perguntas clássicas: Como você está se sentindo? E agora, o que você vai fazer? Você esperava isso? Deve ter um manual de como fazer perguntas para vítimas de tragédias que todos os acadêmicos de jornalismo estudam na faculdade. Só pode!
A razão para as tragédias continuarem acontecendo deve ser esta. Ninguém se comove com a tragédia alheia e logo ela já é notícia velha, até acontecer novamente.. Ou, a comoção dura tão pouco que não dá tempo de tomar providências. Porque é novidade que quem mora na beira dos rios ou nas encostas está em zona de risco. Não é novidade, mas quando acontece uma tragédia a culpa deve ser de deus ou do demo, como preferir.
No final deste post nem sei mais o que dizer porque não dá para concluir. Nem dá para dar opção. Posso dizer, importem-se com as tragédias do mundo... gritar... E daí, vai fazer diferença? A única diferença que podemos fazer é com ações, pequenas ou grandes, gotas ou enxurradas. Ações!
Agora, eu pergunto, estamos prontos para agir? Você está?


3 comentários:

Dennis Mag disse...

Assino em baixo...esse post vai arrebentar narizes de muita gente que vai ler.
Adoraria repassar e-amil para a Senhora Rede Globo que teve a empáfia de comparar a desgraça dos flagelados da chuva no RIO com a possibilidade de uma novela rídiculamente escrota de não ser continuada com devido às enchurradas.
- Que um dilúvio de protestos caia sobre esta famigerada emissora que envergonha com seus articuladores equívocados e um tanto alienados.

Intrigante.
RIP baby.

sussana disse...

Joice, fico sempre feliz em ler e poder pensar sobre o que escreves. E nesse momento na tragédia do Rio, estamos diante de questões, que nos impelem a pensar, qual é o nosso papel, hoje, na sociedade que fizemos parte?

Bjos

Sussana

Poetisa Ana Paula Santos disse...

Olá,

Parabéns pelo blog.
Também adoro escrever, segue link de meu blo se queizeres dar uma espiadinha.
http://poetisaana.blogspot.com/

Beijos